3 dias em Paracas, Peru | Um deserto a beira mar
A primeira parada da minha viagem de 15 dias no Peru, foi em Paracas, uma peninsula localizada a 4 horas de ônibus saindo de Lima. Quando estava planejando a viagem escolhi passar 3 dias (e foi suficiente para conhecer os principais pontos), porém depois de conhecer eu estenderia alguns dias para conhecer alguns outros pontos muito próximos, como Huacachina. Mas essa vai ficar pra minha próxima viagem ao Peru.
Como chegar até Paracas
Eu optei por ir de ônibus de Lima para Paracas. A viagem durou cerca de 4 horas, e a empresa foi a Cruz Del Sur. Comprei todas as passagens de ônibus da viagem de forma antecipada, pois não queria estar na viagem me preocupando com isso, e todos os trechos foram com a Cruz Del Sur. Eles foram extremamente pontuais (fiquei muito supresa, pois no Brasil, é bem comum atraso nos horários de saída), o ônibus era novo, e bem limpo, e as poltronas reclinavam quase 180º. O preço pago nesse trecho foi de 65 soles.
Outra opção seria locar um carro, mas creio que só vale a pena se está com mais pessoas, visto que ele vai ficar parado nos dias que está na cidade, pois lá tudo se faz a pé.
Conheci algumas pessoas que compraram a opção “Hop on Hop off” com a Peru Hop, que é uma opção bastante interessante já que você pode ficar mais livre para decidir os quando partir para o próximo destino. Não escolhi essa opção por conta do preço que para 15 dias, sairia por 199 dólares, e não tinha a opção da volta para a cidade inicial.
Onde se hospedar em Paracas
Minha hospedagem escolhida foi o Viajero Kokopelli Hostel, por dois motivos, o preço e a possibilidade de me conectar com pessoas do mundo inteiro na viagem.
O valor para 03 diárias foi de 34 dólares.
Eles possuem hostels por toda a America Latina, e em várias cidades do Peru (Lima, Paracas, Huacachina, Arequipa e Cusco). Esse em Paracas tem acesso direto a praia, ou seja ótimo pra curtir o fim do dia tomando uma Cusquena.
Além disso, eles tem uma programação de atividades diárias tanto para o dia quanto para a noite, como por exemplo walking tours, jogos de bebida, jogos de trivia, entre outros.
O que fazer em Paracas
Assim que cheguei na cidade, por volta das 10h da manhã, eu caminhei por 10 minutos até o hostel (mas não se preocupe, você tem opção de pegar um táxi que vai te cobrar em torno de 30 soles), deixei minhas malas no hostel e sai para conhecer um pouco da cidade e procurar onde almoçar. Paracas é bem pequena, e com meia hora de caminhada bem tranquila eu havia andado de uma ponta a outra.
Meu almoço foi um ceviche clássico no Restaurante Nautilus que fica no calçadão de frente ao mar, e logo depois fui fazer as reservas dos passeios para os próximos dois dias.
Reserva Nacional de Paracas
Para conhecer a Reserva Nacional de Paracas eu aluguei uma scooter no Play Roja Tour. O aluguel saiu no valor de 100 soles (com combustível incluso), e pude ficar com ela o dia todo para conhecer tudo no meu tempo. Também é possível alugar bicicletas e quadriciclos.
Na entrada da Reserva existe uma guarita onde você precisa comprar o ingresso de entrada, que foram 10 soles, e me dava direito a entrada na reserva e islas ballestas (que vou falar mais abaixo). Na parte da manhã eu visitei Playa Supay, La Catedral, Mirador Istmo e Lagunilla (onde eu almocei).
Uma das coisas que mais amei nesse passeio, é que basicamente todo o caminho até a Playa Supay eu dirigi sem ninguém aparecer, pois sai cedo, eram 7h30 da manhã. E a sensação de liberdade foi mágica. O cenário, o vento gelado no rosto, tudo se unia pra que fosse uma das melhores experiências dessa viagem.
Todos os pontos que fui parando, tinham uma estrutura de mirante muito boa, mas não mais do que isso. Em alguns pontos tinha umas vendinhas para comprar água e alguma bolacha, mas nada demais.
Ah, e bem importante, sempre vá com algumas moedas no bolso para usar o banheiro se for preciso (mas somente o número 01, já que nesses banheiros do caminho não existe rede hidráulica para descarga).
Antes de Play Roja, eu peguei um desvio para ir até o Mirador Istmo, que da uma visão completa da Playa Roja, que tem esse nome por conta da coloração avermelhada da areia (quase roxa). E chegando na Play Roja, parei antes do mirante pra fazer alguns vídeos com o drone (cuidade com as gaivotas, quase perdi ele pra elas haha).
Minha última parada da manhã foi em Lagunilla, único ponto da reserva com uma estrutura maior e com restaurantes. E assim que você para já tem 3 garçons com os cardápios no seu rosto e praticamente te puxando para o restaurante deles. Mas nessa hora não tenham medo de dizer não. Eu normalmente gosto de ver os cardápios antes de sentar em algum lugar pra não ter nenhuma supresa com os pratos, e claro com os preços. Então olhei o cardápio de alguns opções e acabei escolhendo o Restaurante Sol de Oro, que tem opções de pratos executivos com ótimos preços.
Mesmo aqui, com restaurantes, existe somente um banheiro, e você precisa parar 01 sole para usar.
Depois do almoço, subi até o mirante das Lagunilla. Nesse ponto se concentram os pescadores, então o lugar é bem bonitos para fotos.
Uma curiosidade sobre Paracas é que mesmo com uma precipitação acumulada no ano de 26mm, todos os dias amanhece nublado e o sol só começa a aparecer lá pela 01 da tarde.
Então nessa hora após o almoço eu troquei a roupa que estava por um short e uma camisa. Na moto mesmo com o sol, o vento ainda é bem gelado.
Com uma roupa mais leve eu segui para a última parada do dia, Playa La Mina. Lá foi o único lugar que solicitaram o ticket para carimbar. Aqui eu desci até a praia e passei um tempo na areia relaxando. Tinha algumas pessoas na água, mas eu não criei coragem, pois ela estava congelante.
Algumas dicas para esse passeio: levem água e snacks. Eu levei minha camelbak de 2L (pois costumo beber bastante água), e comprei frutas secas pra levar (eles tem umas batatas doce e bananas secas maravilhosas (comprei inclusive um pacotão pra trazer pro Brasil, que acabei comendo antes de decolar haha)
E não se preocupe com o trajeto. Eu olhei as direções no Google Maps, mas a rota é bem sinalizada, e se você seguir todas as placas, não tem como se perder.
Ilhas Ballestas
Esse passeio eu reservei com o pessoal na recepção do hostel, e paguei 60 soles pelo barco (além disso você precisa ter o ticket, que pode ser comprado junto do ticket para a Reserva Nacional).
Nós saímos do hostel as 7h30 da manhã e caminhamos até o ponto de saída dos barcos (estava beeem lotado). Lá fique bem atento a sua guia, pois ela vai direcionar ao barco correto, e com tanta gente você pode se confundir.
O passeio dura uma hora, e durante todo o trajeto a guia vai falando em espanhol e em inglês sobre os lugares que estamos passando.
A ilha é conhecida como a Galápagos do Homem Pobre, por conta da vida marinha abundante, porém num valor muito mais acessível.
Vimos leões marinhos, estrelas no mar, vários pássaros, e até pinguins, que são bem pequenos e quase da cor da pedra, mas se prestar bastante atenção você alguns (mas a guia alerta sempre que algum animal aparece).
Na ilha existe o Instituto Agro Rural, que faz a contagem e acompanhamento de todos os animais da ilha. Legal né?
No fim desse passeio foi o meu primeiro perrengue da viagem, pois o passeio acabava as 9h30 e meu ônibus pra Arequipa era as 10h (super pontual como eu disse lá em cima). Acontece que deu 9h30 e o barco ainda não havia encostado no desembarque. Então quando parou as 9h45 eu sai correndo pra voltar pro hostel, pegar minha mochila e chegar a tempo na rodoviária. Cheguei o ônibus já estava lá e o pessoal embarcando, foi o tempo de comprar uma água e seguir para o próximo destino...
…em breve no próximo post.